PF Prende Homem em Roraima com R$ 700 Mil Ligados a Ataque Cibernético Histórico

PF Prende Homem em Roraima com R$ 700 Mil Ligados a Ataque Cibernético Histórico
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Brasília, 23 de julho de 2025 – Em um desdobramento significativo da investigação sobre um dos maiores ataques cibernéticos já registrados contra o sistema financeiro brasileiro, a Polícia Federal (PF), em ação conjunta com o Ministério Público de São Paulo, prendeu um homem em flagrante por lavagem de dinheiro em Boa Vista, Roraima. Com o suspeito, foram apreendidos R$ 700 mil em espécie.

A prisão, ocorrida na terça-feira (22), faz parte da Operação Magna Fraus, que investiga uma fraude eletrônica de mais de R$ 500 milhões. O ataque não visou diretamente os sistemas do Banco Central (BC), mas sim as contas de reserva de liquidação que instituições financeiras menores mantêm junto ao BC, através de uma empresa de software que serve como intermediária para conexão ao sistema de pagamentos.

A Operação e a Prisão

Segundo a Polícia Federal, a apreensão do montante e a prisão do suspeito foram resultado de um intenso trabalho de inteligência e intercâmbio de informações com o próprio Banco Central e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). O COAF é responsável por identificar e reportar transações financeiras atípicas, que foram cruciais para rastrear o caminho do dinheiro desviado.

O homem detido em Boa Vista não apresentou justificativas plausíveis para a posse da grande quantia em dinheiro, o que resultou em sua prisão em flagrante pelo crime de lavagem de dinheiro. As investigações prosseguem para identificar a sua exata participação no esquema e localizar outros possíveis envolvidos na ocultação dos valores.

Como Funcionou o Ataque Cibernético

O esquema criminoso, considerado histórico pela sua magnitude, foi um ataque do tipo “supply chain” (ataque à cadeia de suprimentos). Os criminosos não invadiram diretamente os bancos ou o Banco Central, mas focaram em uma empresa de tecnologia, a C&M Software, que presta serviços de conexão para instituições financeiras que não possuem acesso direto aos sistemas do BC.

A investigação aponta que o ataque foi facilitado por uma falha interna, com a suspeita de que um funcionário da empresa de software tenha vendido suas credenciais de acesso (login e senha) por R$ 15 mil. Com esse acesso legítimo em mãos, os criminosos conseguiram operar dentro do sistema, esvaziando as contas de reserva de liquidação de pelo menos oito bancos e instituições financeiras.

O dinheiro era rapidamente transferido via PIX para contas de laranjas e, em seguida, convertido em criptomoedas para dificultar o rastreamento, uma tática comum em esquemas de lavagem de dinheiro de grande porte.

Contexto e Implicações

Este caso acende um alerta máximo sobre a segurança da infraestrutura financeira digital do país. Ele demonstra a sofisticação dos grupos criminosos, que agora miram em fornecedores e parceiros como um elo mais fraco para atingir alvos maiores e mais protegidos.

O Banco Central tem atuado em conjunto com a PF e suspendido cautelarmente instituições suspeitas de terem recebido os recursos desviados, a fim de mitigar os riscos e tentar recuperar parte do prejuízo.

As autoridades seguem com as investigações da Operação Magna Fraus para desarticular toda a organização criminosa, desde os hackers que executaram a invasão até a rede de lavagem de dinheiro responsável por ocultar os valores. A prisão em Roraima representa um passo importante na descapitalização do grupo e na elucidação completa do caso.

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